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Prioridade é saúde pública, defendem prefeitos de Rondônia ao discutirem adiamento das eleições 2020

O movimento municipalista de Rondônia se reuniu na noite desta terça-feira (26) para discutir o possível adiamento das eleições 2020, que já é pauta no Congresso Nacional, e também a unificação dos mandatos. Para a Associação Rondoniense de Municípios (AROM) já é evidente que a prioridade dos prefeitos é a saúde pública, que está focada em combater a disseminação do coronavírus. Os prefeitas articulam junto a bancada federal por apoio no Congresso.

“Nós prefeitos não podemos aceitar que, em um momento que o país passa por dificuldade financeira e precisa de investimentos para garantir saúde e empregos, iremos gastar bilhões em campanhas eleitorais”, defendeu o presidente da AROM, Claudio Santos, que é também prefeito de Theobroma. O gestor ainda ressaltou a importância de destinar os recursos que seriam gastos com o pleito eleitoral para investimentos nos municípios.

Da mesma forma, o prefeito de Guajará-Mirim, na fronteira do Brasil com a Bolívia, alertou não haver cenário favorável para que realizar campanha eleitoral e a própria eleição, uma vez que as recomendações são para evitar aglomerações, ficar em casa, entre outras. “Como nós vamos explicar ao pai de família que ele não pode realizar o aniversário da filha dele, mas os candidatos poderão realizar atividades de campanha eleitoral?”, questiona o prefeito.

Sobre o assunto, na mesma linha de pensamento dos prefeitos, há a Proposta de Emenda à Constituição 19/2020 apresentada pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT) e por mais 28 senadores ao presidente Glademir Aroldi. Ele explicou que PEC introduz dispositivos ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal (CF) de 1988 para coincidência de mandatos eletivos.

O presidente Aroldi disse que é uma responsabilidade do Movimento Municipalista se envolver nesse debate e tem organizado reuniões com os prefeitos de todo Brasil. Ele ainda parabenizou os prefeitos de Rondônia pela organização e atuação.

Durante a reunião, os prefeitos alertaram para o fato de que o Brasil é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o novo epicentro da covid-19. Em Rondônia, os números estão em crescimento e já são mais de 3,4 mil infectados. Um documento com o posicionamento do movimento municipalista nacional denominado “Carta Aberta à Nação sobre as Eleições”, ressalta ainda que dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das últimas eleições, mostram que o pleito envolveu a participação de 2.302.248 pessoas como mesários e de 146.658.156 cidadãos votantes, contingente que estaria correndo risco. O documento alerta também para a possibilidade do grande número de abstenções.

Para os prefeitos de Rondônia, com o cenário atual, abre a porta para eleições conjuntas em 2022.

Assessoria AROM