Economia: previsão de crescimento é revisada para 3,2% em 2024
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou na última sexta-feira (13) uma revisão otimista para o crescimento da economia brasileira em 2024. A previsão foi aumentada de 2,5% para 3,2%, com base no desempenho superior ao esperado no segundo trimestre deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% no período, superando as expectativas do mercado.
A revisão também ajustou as previsões de inflação. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi aumentada de 3,9% para 4,25% para o próximo ano, refletindo fatores como o aumento do dólar, o reajuste no piso de preços de cigarros e o cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia no fim de 2024.
Previsão de desaceleração no segundo semestre
Apesar da revisão positiva, a SPE alerta para uma possível desaceleração da economia no segundo semestre de 2024. A projeção de crescimento do PIB para o terceiro trimestre é de 0,6%, uma queda em relação aos 1,4% registrados no trimestre anterior. Para 2025, a estimativa de crescimento foi reduzida de 2,6% para 2,5%, devido a expectativas de aumento na Taxa Selic.
Revisões por Setores Produtivos
O Boletim Macrofiscal também apresentou novas estimativas para os setores econômicos. O setor agropecuário, que anteriormente apresentava uma projeção de retração de 2,5%, teve essa previsão reduzida para 1,9%, impulsionado pelo aumento nas safras de milho, algodão e cana-de-açúcar, além do crescimento na produção de carne. A indústria, por sua vez, teve sua previsão de crescimento revisada para 3,4%, refletindo a expansão da indústria de transformação e construção civil. No setor de serviços, a expectativa de crescimento também subiu, de 2,8% para 3,3%.
Impactos no INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para o cálculo de reajustes do salário mínimo e aposentadorias, deverá encerrar 2024 com variação de 4,1%, acima dos 3,65% projetados no boletim anterior. Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), sensível às variações cambiais, foi ajustado de 3,6% para 3,8% para o mesmo período.
Efeitos das Enchentes no RS
A SPE também manteve a projeção de que as enchentes no Rio Grande do Sul devem impactar o PIB em 0,25 ponto percentual em 2024, com as políticas de auxílio ao estado perdendo força nos próximos meses, o que pode contribuir para uma desaceleração da economia no terceiro trimestre.
Essas previsões são fundamentais para os municípios de Rondônia no planejamento orçamentário e de políticas públicas para o próximo ano, visto que o desempenho da economia influencia diretamente a arrecadação e a execução de obras e serviços essenciais.
Assessoria AROM