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Municípios mantêm barreiras sanitárias para identificar possíveis casos de coronavírus em Rondônia

As ações de enfrentamento a pandemia do Coronavírus continuam sendo intensificadas em vários municípios de Rondônia. E uma das medidas adotadas é controle de chegada de pessoas às cidades, por meio das barreiras sanitárias, que ocorrem, principalmente, nas rodoviárias e rodovias estaduais de acesso aos municípios. O objetivo é identificar e monitorar casos suspeitos de Covid-19 em Rondônia.

Em São Francisco do Guaporé, quase 100 pessoas de outros municípios e até de outros estados foram identificadas em um único dia de atividade. A mesma situação se repete em Cerejeiras, Cujubim, Rio Crespo, Pimenteiras do Oeste, Nova União, Ariquemes, Alvorada do Oeste, Theobroma, Alto Alegre dos Parecis entre outros.

Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde, já são nove casos confirmados de coronavírus em Rondônia, e um óbito. Os pacientes estão em isolamento social, fazendo acompanhamento e se recuperam bem. Pelo menos dois já estão curados, conforme informou a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) na tarde de terça-feira (31).

Na barreira sanitária na RO-205, em Cujubim, identificou, em um único dia, ao menos seis pessoas oriundas de outros estados onde há vários casos confirmados de Coronavírus (Covid-19). No total, foram abordadas 92 pessoas. Segundo o prefeito Pedro Fernandes, do total de pessoas que chegaram ao município, 89 saíram de outros municípios de Rondônia.

“Todas as pessoas vindo de outros estados foram acompanhadas até suas residências, assinaram um termo de compromisso e serão acompanhadas a cada 48 horas pela equipe da Secretária de Saúde”, disse o prefeito Pedro Fernandes.

“Muitas pessoas ainda não se conscientizaram da necessidade de ficar em casa. Essas barreiras sanitárias servem para perceber o fluxo, para que os gestores em saúde possam identificar e monitorar essas pessoas que estão vindo de São Paulo, Minas Gerais, de áreas onde já ocorre a transmissão comunitária, e assim possamos identifica-las e monitorá-las, caso estejam acometidas da doença”, esclareceu a prefeita Gislaine Lebrinha, de São Francisco do Guaporé.

Para ajudar e padronizar os procedimentos realizados na barreira sanitária, a equipe técnica da AROM elaborou um guia de orientações para que os servidores envolvidos na ação – agentes de combate a endemias, agente de vigilância sanitária – junto com a Polícia Militar (onde ela presta apoio), possam trabalhar com segurança. “A implantação de Barreiras Sanitárias nos municípios tem sido uma importante medida de combate à proliferação do coronavírus, pois, por meio delas, são identificados a origem de muitos viajantes que chegam de todos os Estados do Brasil e outros países, inclusive da Europa, que está em níveis descontrolados da doença. A barreira é a única medida realmente eficaz para identificar, monitorar e ajudar os sistemas municipais e estaduais de Saúde, frente a impossibilidade destes atenderem todos os casos de pessoas que venham a ser acometidas pela doença”, disse o presidente Cláudio Santos, que é também prefeito de Theobroma.

Ações municipais

Mesmo quando havia apenas casos suspeitos, os prefeitos já se organizavam para enfrentar a disseminação do vírus. Com a decretação do estado de calamidade pública e a confirmação de transmissão comunitária em todo o país, divulgado pelo Ministério da Saúde, os prefeitos decidiram monitorar possíveis casos suspeitos, por meio das barreiras sanitárias.

“As pessoas estão nos ligando e falando: fulano chegou de tal lugar, sicrano vai chegar tal dia. A nossa equipe entra em contato com as pessoas e monitora. Temos pessoas que chegaram de Portugal, Peru, São Paulo, Goiânia. Também temos o Rio Guaporé e temos que fazer a barreira sanitária, como medida de prevenção e orientação contra essa doença que já está em nossa estado”, diz o prefeito Vino Dondé, de Pimenteiras do Oeste, onde a fiscalização no rio teve início na última segunda-feira.

Em Ariquemes, o prefeito Thiago Flores assinou o Decreto Municipal n° 16.288/2020, que determina a proibição do corte no fornecimento de água a todos os usuários do serviço no município, pelo período de 60 dias, independente do inadimplemento. “Não podemos deixar a possibilidade do corte no fornecimento da água nesse momento em que tanto se recomenda a limpeza das mãos e a higiene da nossa casa”, afirma o Prefeito. O mesmo também acontece em Ji-Paraná.

A Prefeitura de Vilhena, com casos suspeitos da doença, orienta aqueles que retornarem de viagem que fiquem em isolamento durante 7 dias, caso não apresentem sintomas, e 14 dias, caso apresentem sintomas. Estes últimos, devem, ainda, comunicar a Prefeitura. A Vigilância em Saúde também disponibiliza o número 3321-4338 para sanar dúvidas de todos que apresentarem sintomas de gripe.

 

Nesta semana, o governador do Estado prorrogou a suspensão das aulas em todo o estado e também na rede privada de ensino por mais 15 dias.

 

Assessoria AROM