AROM reforça orientação para municípios darem celeridade na informação de vacinas aplicadas nos sistemas do SUS
O Estado de Rondônia já recebeu 265.008 doses de vacinas contra a covid-19. Desse total, 212.046 foram entregues aos 52 municípios, sendo 150.493 para a primeira e 61.553 para a segunda dose. O critério de aplicação das vacinas segue o Plano Nacional de Imunização (PNI), do governo federal, para que os grupos prioritários sejam atendidos conforme o cronograma e não ocorram casos como os chamados “fura-filas”. Os dados estão disponíveis no portal Vacinômetro.
As vacinas são enviadas pelo governo federal, por meio do Ministério da Saúde, ao governo do Estado, que as redistribui aos municípios. No entanto, além de aplicar, a Associação Rondoniense de Municípios alerta aos prefeitos e gestores em saúde que é de suma importância informar, de forma célere, a quantidade de vacinas aplicadas diariamente. A demora, segundo informou a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), pode levar a falsa impressão de armazenamento de doses de vacina, o que não ocorre.
Os sistemas são a comunicação entre os municípios que, em muitos casos, não possuem pessoal e informatização (computador e internet), a AROM esclarece que a diferença entre a quantidade de doses recebidas e aplicadas se explica pelos cenários nas salas de vacina e também pela atualização do sistema do Ministério da Saúde. Assim, os dados do Painel Nacional podem apresentar diferenças em relação às doses aplicadas até aquele momento, pois nem todo registro digitado é automaticamente atualizado na base do Ministério.
Mesmo assim, a entidade municipalista reforça a necessidade de todos os municípios atualizarem diariamente os sistemas do SUS, pois, com a informação desatualizada, o Governo Federal não sabe os números reais de vacinação das doses já enviadas e priorizam os estados brasileiros que já terminaram ou estão terminando as vacinas anteriormente encaminhadas.
Além das informações sobre vacinas, é também necessário que sejam atualizados os dados sobre casos confirmados, curados, suspeitos e vacinados dentro de, no máximo, 48 horas, e ainda os insumos hospitalares como seringas, máscaras, luvas e outros objetos importantes para o funcionamento e o combate a COVI-19.
Quais são os sistemas?
E-SUS Notifica (casos de Síndrome Respiratória leve ou moderada, internações hospitalares);
SIVEP Gripe (notificação de casos graves);
SIM (óbitos);
SI-PNI (doses aplicadas e Eventos Adversos Pós Vacinação) ESUS AB.
Dúvidas e demais orientações necessárias podem ser enviadas para o correio eletrônico é seaf@presidencia.gov.br e pelos telefones (61) 3411-1084 / 1088.
O que é o vacinômetro?
É um portal na internet onde é possível acompanhar quantas vacinas da primeira e da segunda dose já foram entregues em cada município, bem como quais já foram aplicadas. O objetivo é dar maior transparência nos dados e também para poder aprimorar o Plano Nacional de Imunização (PNI), por meio de uma parceria entre Governo Federal e os estados.
Como os municípios aplicam mais de 100% das doses recebidas?
No site, é possível encontrar as cidades que já aplicaram mais de 100% das doses recebidas. Em Rondônia, os municípios Vilhena, Nova Brasilândia do Oeste, Teixeirópolis, Cerejeiras, Urupá e Jarujá ultrapassaram esse percentual. O Distrito de Extrema (Porto Velho) aplicou todas as doses recebidas.
Isso ocorre porque, segundo nota técnica emitida pela Anvisa, as empresas que fabricam as vacinas enviam um volume em excesso de ao menos 0,3 mL para volume-alvo de 5mL. Essa estratégia está em conformidade com as orientações da Farmacopeia Brasileira 6ª edição, a qual recomenda um volume em excesso como forma de compensação a eventuais perdas durante o processo de vacinação.
Por conta dessa estratégia, alguns municípios recebem excedente de doses. Para estes casos a Anvisa entende que não há incremento de risco sanitário em se utilizar todas as doses completas adicionais disponíveis nos frascos-ampola das vacinas (doses excedentes).
Segundo dados do governo do Estado, mais de 190 mil casos da doença já foram confirmados em Rondônia desde o início da pandemia, em 2020. Desde então, o número de óbitos chegou a 4.327. Os dados são de segunda-feira, 5 de abril.
Assessoria AROM