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Municípios podem solicitar remédio para toxoplasmose gratuitamente ao Ministério da Saúde

A Associação Rondoniense de Municípios (AROM) alerta aos gestores municipais que o Ministério da Saúde está distribuindo, de forma gratuita, remédios para o tratamento de toxoplasmose. Trata-se do medicamento . Os lotes do produto disponibilizados têm validade entre os meses de junho e outubro deste ano e são de embalagens com 500 comprimidos por caixa.

A entrega dos medicamentos será feita diretamente aos Municípios. Para tanto, os gestores devem preencher o formulário FormSUS até o dia 30 de março, indicando o endereço para entrega.

O Ministério da Saúde centraliza a aquisição da sulfadiazina, sendo distribuída aos Estados e ao Distrito Federal desde 2018. Porém, a pasta notou que os pedidos tiveram uma queda considerável e que muitos Municípios estavam comprando o medicamento ao invés de solicitar ao Estado que fizesse o pedido para o Ministério.

Para a AROM, é importante que os municípios verifiquem a necessidade frente ao curto prazo de validade dos medicamentos, solicitando somente aqueles que serão disponibilizados aos pacientes dentro da validade, evitando assim armazenamentos ou mesmo desperdício. Ainda, os gestores precisam verificar com o Estado a mudança na logística de distribuição para que não haja duplicidade de recebimento ou aquisição.

O medicamento utilizado no tratamento da toxoplasmose compõe a Ralação Nacional de Medicamentos do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica (Rename), conforme publicação da Portaria 1.897/17.

Transmissão

O protozoário de nome Toxoplasma gondii é o responsável pela infecção da toxoplasmose, este protozoário é encontrado nas fezes de gatos e outros felinos. Contrai-se a toxoplasmose ao ingerir água ou qualquer alimento contaminado. Os casos agudos possuem baixa incidência e tem cura, mas o parasita continua no organismo da pessoa e pode se manifestar ou não em outros momentos, com diferentes tipos de sintomas.

Quanto à infecção crônica, a taxa de incidência é considera baixa até os cinco anos de idade, e começa a sofrer um incremento a partir dos 20 anos. Normalmente a pessoa infectada pela primeira vez não apresenta sintomas e, por isso, não precisa de tratamento específico.

A doença em outros estágios, no entanto, pode trazer complicações, como sequelas pela infecção congênita (gestantes para os filhos), toxoplasmose ocular e toxoplasmose cerebral em pessoas que têm o sistema imunológico debilitado, como transplantados, pacientes infectados com o HIV ou em tratamento oncológico.

Sintomas

Os sintomas da toxoplasmose são variáveis e associados ao estágio da infecção, (agudo ou crônico). Normalmente são leves, similares à gripe, dengue e podem incluir dores musculares e alterações nos gânglios linfáticos. As gestantes infectadas podem sofrer aborto ou a criança nascer com icterícia, macrocefalia, microcefalia e crises convulsivas. Aproximadamente 85% dos recém-nascidos notificados com toxoplasmose não apresentam sinais clínicos evidentes, mas podem apresentar alterações como restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, anormalidades visuais e neurológicas.

Diagnóstico

É baseado, principalmente, em exames de sangue. Em alguns casos, pode ser necessário combinar outros tipos de exames laboratoriais para uma avaliação mais detalhada. Medidas preventivas podem ser adotadas segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

– Lavar bem as mãos após manipular carnes cruas e antes das refeições;

– Lavar bem as mãos e as unhas após manusear a terra, horta ou jardim;

– Lavar sempre as mãos após contato com gatos;

– Evitar comer alimentos crus e lavar bem as verduras e legumes;

– Manter o gato bem alimentado para que ele não precise caçar e nunca oferecer carne crua;

– O local onde o gato deixa seus dejetos dever ser trocado a cada três dias e colocada ao sol com frequência;

– Observar que os cães também podem transmitir toxoplasmose ao sujarem o pelo onde há fezes de gato;

– Controlar ratos e insetos, descartando corretamente o lixo doméstico e os dejetos das criações de animais.

 

Da Assessoria da AROM com informações da CNM