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Nota Técnica orienta municípios sobre uso estratégico do Transfarq para compliance fiscal no Simples Nacional

A Confederação Nacional de Municípios (CNM), por meio do Conselho Técnico das Administrações Tributárias Municipais (CTAT), publicou a Nota Técnica CTAT nº 11/2025, que apresenta diretrizes práticas para utilização do sistema Transfarq (Transferência de Arquivos) como ferramenta de inteligência fiscal no âmbito do Simples Nacional. O material é destinado a gestores, secretários de Finanças, auditores fiscais e equipes das administrações tributárias municipais.

Intitulada “Utilização do Transfarq para fins de compliance fiscal no Simples Nacional”, a publicação destaca o papel estratégico do intercâmbio de dados entre os fiscos da União, estados e municípios, conforme previsto na Lei Complementar 123/2006. O documento reforça que o acesso a arquivos como PGDAS-D, DEFIS, informações cadastrais do MEI, dados de dívida ativa e registros de pagamentos possibilita aprimorar o monitoramento, a fiscalização e a cobrança de tributos, garantindo maior eficiência administrativa.

Ferramenta essencial para a gestão tributária municipal

A Nota Técnica explica que o Transfarq reúne informações fundamentais para o planejamento fiscal e a atuação estratégica do município. Segundo o documento, o sistema permite:

  • Estimativa de receitas futuras, com base na leitura de dados declaratórios;
  • Identificação de inconsistências por meio do cruzamento de informações entre PGDAS-D, DEFIS, notas fiscais e dados de pagamentos;
  • Aprimoramento de malhas fiscais, com apoio dos arquivos “Malha PGDAS-D 2018”;
  • Recuperação de créditos tributários, em especial quando há convênio firmado com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), permitindo ao município inscrever e cobrar débitos de ISS e ICMS diretamente. 

O documento também detalha o funcionamento dos arquivos de parcelamentos, eventos cadastrais, dívidas e pagamentos, além de apresentar orientações sobre o uso do ReceitanetBX, ferramenta que automatiza o download e a gestão dos arquivos do Simples Nacional.

Recomendações aos Municípios

Entre as orientações finais, a Nota Técnica recomenda que os municípios:

  • Formalizem convênios com a PGFN, quando houver estrutura administrativa adequada; 
  • Capacitem servidores para operar sistemas como DTE-SN, Sefisc, Malha Fina e ferramentas do Simples Nacional; 
  • Integrem equipes fiscais e cadastro econômico; 
  • Acompanhem comunicados do CGSN e atualizem rotinas de exclusão, indeferimento e cobrança do Simples Nacional.

AROM reforça relevância do material para as administrações municipais

A Associação Rondoniense de Municípios (AROM) destaca que a Nota Técnica oferece subsídios importantes para aprimorar a gestão tributária municipal, fortalecer o planejamento e ampliar a capacidade de arrecadação dos municípios rondonienses. Com a complexidade crescente do Simples Nacional e o volume significativo de dados compartilhados entre os fiscos, a entidade considera essencial que as equipes municipais adotem práticas de compliance e modernizem seus procedimentos de fiscalização.

A AROM recomenda que gestores e servidores responsáveis pelas áreas de tributação e finanças consultem o documento e incorporem as orientações em suas rotinas, garantindo maior segurança jurídica, eficiência administrativa e justiça fiscal.

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Assessoria AROM